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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Paraná tenta reverter embargo russo à carne suína


O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Norberto Ortigara, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e representantes do setor de carnes do Estado estão esta semana em comitiva na Rússia, com o objetivo de retomar os contatos com autoridades do país e retirar o embargo para a exportação de produtos paranaenses, principalmente a carne suína. Eles ainda participam da 22ª Worldfood Moscow 2013, feira internacional de alimentos e bebidas, considerada uma das mais importantes da Europa. A Rússia é o principal comprador de carnes do Brasil e, segundo números da Seab, o Paraná teve queda de 29% no volume exportado e de 22% na receita com as remessas internacionais de suínos por conta do embargo. 

Estão agendadas reuniões com o diretor do Serviço Federal de Controle Veterinário e Fitossário da Rússia, Sergey Dankvert, técnicos do Ministério da Agricultura e da Associação Nacional de Processadores de Carne da Rússia. Também está programada visita ao Porto de São Petersburgo, junto ao Mar Báltico. 

De acordo com balanço da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), o Brasil exportou 52,3 mil toneladas de carne suína em agosto, queda de 4,34% em relação ao mesmo mês de 2012. A receita, de US$ 132,8 milhões, caiu 1,17%, enquanto o preço médio aumentou 3,31% na comparação com agosto do ano passado. No acumulado do ano, as vendas externas atingiram 343,2 mil toneladas, redução de 6,66% ante igual período do ano passado, com receita de US$ 889, 25 milhões, queda de 4,40%. No Paraná, ainda conforme dados da Abipecs, entre janeiro e agosto de 2013, as exportações de carne suína somaram 26,6 mil toneladas, um montante de US$ 68,1 milhões. 

Segundo o diretor de mercado interno da Abipecs, Jurandi Soares Machado, a Rússia, apesar de ser um dos principais importadores, tradicionalmente coloca obstáculos nas transações. "Eles recentemente tiraram algumas empresas do processo, principalmente do Paraná, devido àquele falso foco de aftosa que acabou sendo mal interpretado. Eles estavam com excesso de oferta no mercado interno e por isso reduziram as importações", avalia Machado. O Paraná não registra focos suspeitos de febre aftosa desde 2005 e é considerado área livre da doença, com vacinação, desde 2000. 

Para o segundo semestre, porém, a situação deve ser diferente. O diretor da Abipecs acredita que os volumes devem ser maiores. No primeiro semestre, os meses de março, abril e maio acabaram fechando com percentuais piores que em 2012. "Está melhorando a cada mês. Talvez não atinja os números de exportação do ano passado, mas acredito que seja possível pelo menos chegar aos mesmos patamares", complementa. 

Frango
A retomada das exportações de carne de frango para a Rússia aconteceram no primeiro semestre deste ano. Duas cooperativas, a Lar, de Medianeira, e a C. Vale, de Palotina, habilitaram as vendas para o país europeu. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne), Péricles Pessoa Salazar, a plena retomada das exportações para a Rússia impactaria profundamente na atividade agroindustrial do setor. Ele está na Rússia com a comitiva paranaense. 

http://www.folhaweb.com.br/

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