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segunda-feira, 27 de março de 2017

Médico canta para criança com doença rara e comove as pessoas

Fotos: reprodução / Facebook
A sensibilidade do profissional pode fazer a diferença.
Um médico residente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, cantou para uma menina, internada com uma doença rara e está emocionando as redes sociais. (vídeo abaixo)
Paulo Martins tem 27 anos. Ele teve a ideia de levar ao hospital um instrumento musical de cordas, o ukulele, e tentar minimizar a ociosidade da internação e as dificuldades do tratamento.
“Devemos sempre levar alívio para nossas crianças, essa é a premissa!”, disse o residente em entrevista ao SóNotíciaBoa.
“Tentamos tirar o foco da doença, pois a música é um remédio para a alma”.
Paulo – junto com os companheiros da oncologia – começou a tocar e a cantar de quarto em quarto as músicas que os pacientes pediam e percebeu que a pequena a Sophia acompanhava no corredor.
Sophia Romão Bueno, de um ano e quatro meses, está em tratamento contra uma doença rara – a Histiocitose de células de Langerhans.
A família, que é de São Carlos, trata a doença de Sophia no HC de Ribeirão desde junho de 2016. São consultas, sessões de transfusão de sangue e quimioterapia.
Alegria surpreendente
Este mês, quando o médico cantou para a menina, ela teve uma reação surpreendente.
O pai de Sophia, Julliano Luiz Bueno, avisou que a filha gostava de Marília Mendonça e, então, o médico começou a cantar “Eu Sei de Cor” e a menina dançou a música inteira no corredor do hospital.
Aí, veio outro sucesso, “Medo Bobo”, da dupla Maiara e Maraísa.
“Toquei e ela dançou divinamente bem. Ao término, só alegria. Todo mundo feliz, leve. Aquilo se chamava paz”, escreveu em seu perfil no Facebook.
O residente postou o vídeo em sua página e já teve mais de 250 mil visualizações, 10 mil curtidas e mais de 100 mil compartilhamentos.
“Amar e se dedicar ao próximo têm de ser algo constante e rotineiro”, escreveu Paulo no dia 14 de março.
Paulo cita que a repercussão positiva o fez lembrar de críticas que recebeu “por ter esse jeito” desde a época da graduação até mesmo na residência.
Paulo Martins - Foto: reprodução / Facebook“Quando fiz pijamas cirúrgicos com temas infantis recebi críticas. Disseram que eu estava parecendo um palhaço no hospital, mas os comentários positivos são maiores e os que mais me motivam”, afirmou.
“Quando a gente faz o que gosta, do jeito que gosta, dá certo. Nesta tarde, todos ganhamos. Na saudade intensa de casa e da minha família, nos braços dos pacientes e dos seus familiares, recebo todo afeto do mundo”, escreveu.
Cura
De acordo com a mãe, os médicos dizem que há chances de cura para a doença, que se apresenta por meio de um distúrbio proliferativo de células inflamatórias pelo corpo e se manifesta principalmente em lesões ósseas e cutâneas.
“Pelo menos naquele momento da música que cantei para Sophia, esquecemos da doença. Uma das coisas que mais faz o corpo adoecer é o pensamento”, disse o médico.

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