Guarapuava e Ponta Grossa adotam tornozeleiras para monitorar detentos
Secretária da Justiça anunciou a novidade nesta quinta-feira (30), no PR.
Cem presos do regime semi-aberto de cada cidade devem usar o aparelho.
Detentos de Guarapuava, na região central do Paraná, e de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná, devem começar a usar tornozeleiras de monitoramento nos próximos dias. A princípio, o aparelho será colocado em 100 presos do regime semi-aberto de cada cidade. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (30) pela secretária de Justiça e Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju), Maria Tereza Uille Gomes, que esteve nos dois municípios
O sistema funciona por GPS. O sinal com a localização de cada presidiário aparece em uma central em Curitiba durante 24 horas. Se o preso sair dos limites da comarca, tirar ou danificar a tornozeleira, a informação aparece em um painel. Então, ele passa a ser procurado pela Justiça e volta para a cadeia sem direito a benefícios.
“Hoje, nós temos 28 mil detentos. Prendemos mais 5 mil por mês. Será que todos precisam mesmo estar no presídio? Será que se pessoas que cometeram crimes não violentos estivessem com as famílias, trabalhando, monitoradas 24 horas em vez de estarem na cadeia, a gente não conseguiria um processo de ressocialização melhor?”, questiona Maria Tereza.
A expectativa da Seju é de que o sistema facilite o processo de reinserção social dos apenados, além de abrir vagas no sistema penitenciário para presos condenados que estão em delegacias. Outro ponto destacado pela Secretaria é no custo por preso. Atualmente, no sistema administrado pelo Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen-PR), cada preso possui custo superior a R$ 1,8 mil por mês. O novo sistema será monitorado em conjunto pelo Depen e pela empresa vencedora da licitação, com custo geral máximo de R$ 540 mensais por preso.
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