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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

INCÊNDIO DESTRÓI FÁBRICA DAS LOJAS LIBERATI




35% da empresa foi consumida pelas chamas que foram controladas depois de uma hora

Proprietários suspeitam de incêndio criminoso; em 2011, fogo em outro setor também rendeu prejuízo de meio milhão de reais

Um incêndio de grande proporção atingiu a fábrica de estofados da empresa Liberati, às margens da BR-153, na cidade de Ibaiti, durante a madrugada de quarta-feira (19). Os proprietários suspeitam que o ato pode ter sido criminoso. Para eles, alguém mal intencionado pode ter colocado fogo no local, pois há indícios, como dois focos de incêndios distintos, com distância de cerca de 40 metros um do outro, além de outros não revelados.
A brigada contra incêndio da empresa vizinha, Sudati, foi a responsável por fazer o primeiro combate, que, segundo um dos sócios proprietários, Francismar Regazzo, atingiu cerca de 35% da área industrial da empresa. “Se não fossem os brigadistas teríamos perdido tudo”, disse emocionado. “Agradecemos muito os policiais rodoviários federais, os PMs, funcionários da nossa empresa e da Sudati que ajudaram no combate e na retirada de mercadorias”, complementou.
Para Francismar, os prejuízos são estimados em mais de R$ 1,5 milhão, pois além dos produtos, máquinas da linha de produção também foram atingidas. “O maquinário mais caro foi queimado. A parte principal da empresa foi atingida, mas até o final de semana com ajuda de amigos, queremos voltar a funcionar 100%, pois nunca deixamos de trabalhar”, afirmou.
O diretor da empresa contou ainda que o fogo teria começado pouco depois da meia noite. “Os funcionários da Sudati, que trabalhavam no turno da noite, viram fumaça e já acionaram a brigada de incêndio da empresa deles. Eles começaram o combate e nos avisaram. Um funcionário foi ligando para outro e todos ajudaram. Demorou cerca de uma hora para controlar as chamas, pois temos hidrantes e extintores, mas como estavam no local do incêndio, até chegar lá, demorou um pouco”, contou Francismar.
Um perito da Polícia Civil da cidade de Londrina esteve na fábrica na tarde desta quarta-feira, para avaliar e analisar os estragos do incêndio e apurar as causas. “Não tem previsão para concluir o que realmente ocorreu. Mas temos suspeitas. Há indícios estranhos no incêndio. O que ficou no meio dos dois focos não queimou”, revelou.
Regazzo contou que as câmeras do circuito interno de segurança não captaram nada de anormal, mas explicou, ainda, que só existem câmeras dentro dos barracões. Na parte externa só há filmagens na frente. Ele contou ainda que a empresa não tem seguro. “Antes tínhamos seguro, depois quando fomos renovar, a seguradora disse que faria seguro de apenas uma parte, e na outra renovação eles disseram que segurariam apenas as lojas, mas não vimos vantagem, pois o maior risco são nas indústrias”, afirmou.
O sócio proprietário lembrou que em 57 anos de empresa e 25 de fábrica aconteceram apenas três incidentes. “Foram dois incêndios, um ano passado e outro agora e um incidente em uma loja”, explicou, se referindo ao furto ocorrido na loja da empresa no fim de junho, no centro de Figueira, onde foram levados seis televisores. Os bandidos, com ajuda de um carro, arrombaram a porta da frente da loja durante a madrugada.

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