Nos três primeiros anos de seu mandato (2013/2016), o prefeito José Sérgio Juventino, o Padre Zezinho (PPS), de Santa Cecília do Pavão, tentou aumentar o preço da fatura de água em 78%.
Inicialmente as propostas de aumento foram apresentadas em 2013 (de 33%), e em 2014 (de 24%). Agora, em março de 2015, o prefeito encaminha projeto para a Câmara de Vereadores prevendo majoração de 21% na conta de água.
Em Santa Cecília do Pavão, o serviço de água e esgoto é municipalizado, sob responsabilidade do Samae.
Da mesma forma que em anos anteriores, aquele projeto de lei não deve ser aprovado pela Câmara de Vereadores. No Poder Legislativo, o prefeito não conta com votos suficientes para a aprovação daquela matéria.
Inclusive nessa semana, em entrevista à Folha de Londrina, Padre Zezinho comentou que tem o apoio direto de somente três vereadores, dentre os nove que compõem a Casa. Ele também ressaltou que "não é fácil administrar a cidade e, se não fosse por respeito à vontade de Deus, talvez até já tivesse renunciado".
A administração municipal conta com o apoio dos vereadores Gleisson José Gonçalves (PSDB), Manoel Messias Rodolfo (PPS) e Amilton Ynoue, o Miltinho (PT).
Já do bloco de oposição participam os vereadores Amauri Ynoue, o Peixinho (PTB), Bruno Gavioli Cestário (PTB), Gilberto de Souza, o Tocha (PTB), Joselito da Luz, o Zelito (PMDB), Mauro Kendi Miyamoto (PSDB) e José Almeida dos Santos, o Dega (PMDB).
A atuação independente do Poder Legislativo em relação ao Executivo tem rendido algumas comissões de investigação contra a gestão do prefeito ceciliense. Além de várias irregularidades, os edis daquele município também têm se posicionado contra a perseguição a servidores públicos, a falta de reajuste salarial e ausência de envio de balançantes ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR).
Diante da falta de apoio na Câmara de Vereadores, o prefeito Padre Zezinho não conseguiu aprovar uma série de medidas impopulares, como implantação de diárias no valor de R$ 900,00, aumento de 78% na fatura de água em três anos de mandato e autorização para remanejamento de 50% do orçamento por meio de Decreto, sem apreciação da Câmara de Vereadores.
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