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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Abatedouro de peixes incrementa economia

Investimentos será de R$ 25 milhões em complexo de piscicultura, que deve gerar até 1.200 empregos diretos

Pinhalão - O Ministério da Pesca e Aquicultura está apostando alto na construção de um abatedouro de peixes na cidade de Pinhalão. Na quinta-feira, o próprio ministro Marcelo Crivella esteve na região para fazer o lançamento da obra. 

O prefeito da cidade, Claudinei Benetti (PSD) está confiante porque, segundo ele, o Governo Federal quer que o Brasil seja autossuficiente na produção de peixes e espera que a experiência sirva de modelo para o País. Sem modéstia, Benetti diz que este será o maior abatedouro de peixes do mundo. Quando estiver operando com sua capacidade máxima, o frigorífico poderá abater até 200 toneladas de peixes por dia. 

O investimento total na obra deverá passar de R$ 25 milhões. Até agora, já está certo o investimento de R$ 13 milhões na obra e mais R$ 8 milhões em projetos complementares, como a fabricação de bolinhos empanados com carne de peixe. 

Os números do projeto de piscicultura entusiasmam o prefeito de Pinhalão. Até o momento, a proposta é compartilhada por 67 municípios do Norte Pioneiro, Campos Gerais e municípios próximos, em um raio de 300 quilômetros, e já conta com mais de 3 mil produtores cadastrados. 

O prefeito diz que para se alcançar o objetivo é fundamental que se invista não apenas em obras materiais, mas principalmente na capacitação dos produtores, trabalho que está sendo feito pelo Instituto Emater. 

Benetti espera também que o governo ofereça condições para que os produtores possam construir tanques de rede e deixe de oferecer bolsas família para os pescadores. ''O Brasil não pode ficar pagando salários para os nossos pescadores; nós não queremos bolsa família. Nós queremos que o governo invista em tanques rede porque com esses tanques o pescador terá uma renda muito maior do que o governo paga para ele'', afirma. 

O governador Beto Richa (PSDB) também participou da solenidade em Pinhalão na quinta-feira. Naquele momento, ele prometeu que vai criar uma lei para que os tanques com até 20 mil metros quadrados de área não precisem de autorização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para que sejam construídos. Segundo o prefeito Claudinei Benetti, esta medida dará mais agilidade à criação de novos tanques. 

Números expressivos
O complexo de piscicultura em Pinhalão terá um setor para a produção de alevinos com a criação de 20 milhões de unidades ao ano inicialmente, passando para 80 milhões ao ano em uma segunda etapa. Esta obra já está em fase final. A fábrica de ração que vai alimentar os peixes nos tanques deverá ficar pronta em quatro meses e a estimativa é que o abatedouro comece a operar em no máximo 10 meses, ou seja, até fevereiro do ano que vem. 

Em uma primeira etapa, o abatedouro vai gerar 500 empregos diretos, chegando a 1.200 quando estiver operando com sua capacidade máxima. O prefeito Benetti acredita que, além de uma fonte alternativa de renda para o produtor, o abatedouro ainda vai gerar entre 15 mil a 20 mil empregos indiretos no comércio de todas as cidades envolvidas. 

Benetti justifica que, com todo este movimento, haverá também um aumento na arrecadação das prefeituras, que poderão atender melhor a população em serviços essenciais, como saúde e educação. 

Além de Pinhalão, o ministro da Pesca e Aquicultura Marcelo Crivella visitou também as cidades de Santo Antônio da Platina, Ribeirão Claro e Cornélio Procópio.
Eli Araujo
Reportagem local

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