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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Agronegócio deve liderar crescimento em 2014

Depois de um ano de resultados abaixo do esperado para muitos setores, 2014 começa com a expectativa de melhora de cenário para alguns segmentos. A Copa do Mundo e o pacote de concessões na área de transportes do governo federal devem estimular projetos de construção civil, de infraestrutura e de turismo. A agricultura, por sua vez, deve se beneficiar da boa safra e dos bons preços internacionais. 

Embora as estimativas sejam de um ano com crescimento próximo de 2013 – em torno de 2% – alguns segmentos acreditam que o nível de atividade será impulsionado pela recuperação econômica da Europa e dos Estados Unidos. A melhora ainda que sensível da economia mundial deve favorecer exportadores, mas o aumento dos custos de produção, da taxa de juros e da inflação e o crédito mais seletivo permanecem como desafios para empresas e consumidores. 

Para a maioria dos economistas, no entanto, 2014 não deve trazer grandes novidades. “Será um ano morno, porque em ano eleitoral não costuma haver muita mudança”, diz o economista Rodrigo Pinheiro. A deterioração da situação fiscal do governo também não deve ser revertida em 2014. O próximo ano será de “espera” para o que virá em 2015, segundo Pinheiro. “Será um ano atípico, por conta do evento esportivo. Mas o que vemos é que a economia brasileira está sem fôlego para crescer”, diz Lucas Dezordi, professor de economia da Universidade Positivo (UP). Para a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), será um ano sensivelmente melhor do que 2013 por conta da boa safra, do câmbio mais elevado e das eleições. 

Agronegócio 

Para 2014, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) projeta mais uma safra recorde, que deve beirar 200 milhões de toneladas. A previsão é que o Valor Bruto da Produção (VBP) alcance R$ 438 bilhões, 3% mais do que nesse ano. Para Flávio Turra, gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), será um ano de preços favoráveis, mas não no mesmo patamar de 2013, em que a quebra da safra nos Estados Unidos contribuiu para elevar as cotações. “As margens do agricultor devem ser menores”, afirma.

Depois de um crescimento de 18% nas receitas, para R$ 45 bilhões, as cooperativas paranaenses devem registrar um avanço de cerca de 10% em 2014. Os investimentos, que somaram R$ 1,3 bilhão entre 2011 e 2012, devem somar R$ 2,1 bilhões entre 2013 e 2014. Industrialização da produção com a inauguração de novas ou ampliação de fábricas e projetos de armazenagem são os principais destinos dos recursos.

Fonte: Gazeta do Povo

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