Dois suspeitos de agressões contra indiciados no caso Tayná se apresentaram ontem
Corpo de Tayná foi encontrado perto de um parque de diversões em Colombo no dia 28 de junho
Curitiba - A Justiça da comarca de Colombo expediu ontem à tarde os mandados de prisão contra 14 pessoas e determinou o afastamento de seis policiais civis suspeitos de envolvimento na tortura contra os quatro acusados do homicídio da adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos. Os pedidos de prisão acatados são de dez policiais civis, entre eles o do titular afastado da Delegacia do Alto Maracanã, Silvan Rodney Pereira, um policial militar do 17º Batalhão, lotado em Colombo, um guarda municipal, um preso de confiança da Delegacia de Araucária e um chefe de carceragem da Delegacia de Campo Largo.
Até o início da noite de ontem, o guarda municipal e o policial militar tinham se apresentado na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A expectativa é que os mandados fossem cumpridos na madrugada ou até a manhã de hoje ou que os suspeitos se apresentassem.
O Gaeco e a Corregedoria Geral da Polícia Civil haviam pedido a prisão de 15 pessoas na segunda-feira, mas um dos pedidos foi indeferido pela 1ª Vara Criminal de Colombo.
De acordo com o corregedor geral da Polícia Civil, Paulo Ernesto Araújo Cunha, todos os envolvidos serão ouvidos tanto pela Corregedoria como pelo Gaeco. "A investigação continua e esperamos que os policiais se apresentem porque são funcionários públicos. Ele serão ouvidos e, caso as acusações se confirmem, podem responder criminal e administrativamente", explicou. Cunha também informou que a Corregedoria está fazendo um levantamento sobre o período de atuação de todos os policiais envolvidos no caso.
O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, afirma que os depoimentos dos acusados devem ser tomados nos dois próximos dias. "Temos evidências que apontam para a participação dos envolvidos na tortura cometida contra os quatro suspeitos. Além disso, conforme as investigações forem avançando, outras pessoas podem ser ouvidas. Não descartamos novas prisões preventivas", disse.
Defesa
Cláudio Dalledone, advogado do delegado Silvan Pereira, esteve ontem na sede do Gaeco para ter acesso aos depoimentos dos quatro rapazes. Ele diz que seu cliente nega a acusação. "Ele sustenta que o trabalho está correto. Uma coisa tem que ficar clara. O quarteto ainda é suspeito do assassinato da adolescente Tayná. A participação deles não foi descartada. Meu cliente não torturou nem sequer promoveu maus-tratos", apontou. O advogado deve entrar com pedido de revogação da prisão.
Testemunhas
O Gaeco também confirmou ontem que Adriano Batista, de 23 anos, Sérgio Amorin da Silva Filho, de 22, Paulo Henrique Camargo Cunha, de 25, e Ezequiel Batista, de 22, que alegam terem sofrido tortura em mais de uma delegacia, foram incluídos no Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas. "É um caso grave e de repercussão nacional. Tomamos estes cuidados porque queremos garantir a segurança deles. Até para assegurar o resultado útil do processo mais pra frente", disse o promotor do Gaeco Denilson Soares de Almeida.
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Paraná (OAB-PR), em nota oficial, confirmou ontem que os quatro já estão sob proteção do programa em local sigiloso.
Até o início da noite de ontem, o guarda municipal e o policial militar tinham se apresentado na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A expectativa é que os mandados fossem cumpridos na madrugada ou até a manhã de hoje ou que os suspeitos se apresentassem.
O Gaeco e a Corregedoria Geral da Polícia Civil haviam pedido a prisão de 15 pessoas na segunda-feira, mas um dos pedidos foi indeferido pela 1ª Vara Criminal de Colombo.
De acordo com o corregedor geral da Polícia Civil, Paulo Ernesto Araújo Cunha, todos os envolvidos serão ouvidos tanto pela Corregedoria como pelo Gaeco. "A investigação continua e esperamos que os policiais se apresentem porque são funcionários públicos. Ele serão ouvidos e, caso as acusações se confirmem, podem responder criminal e administrativamente", explicou. Cunha também informou que a Corregedoria está fazendo um levantamento sobre o período de atuação de todos os policiais envolvidos no caso.
O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, afirma que os depoimentos dos acusados devem ser tomados nos dois próximos dias. "Temos evidências que apontam para a participação dos envolvidos na tortura cometida contra os quatro suspeitos. Além disso, conforme as investigações forem avançando, outras pessoas podem ser ouvidas. Não descartamos novas prisões preventivas", disse.
Defesa
Cláudio Dalledone, advogado do delegado Silvan Pereira, esteve ontem na sede do Gaeco para ter acesso aos depoimentos dos quatro rapazes. Ele diz que seu cliente nega a acusação. "Ele sustenta que o trabalho está correto. Uma coisa tem que ficar clara. O quarteto ainda é suspeito do assassinato da adolescente Tayná. A participação deles não foi descartada. Meu cliente não torturou nem sequer promoveu maus-tratos", apontou. O advogado deve entrar com pedido de revogação da prisão.
Testemunhas
O Gaeco também confirmou ontem que Adriano Batista, de 23 anos, Sérgio Amorin da Silva Filho, de 22, Paulo Henrique Camargo Cunha, de 25, e Ezequiel Batista, de 22, que alegam terem sofrido tortura em mais de uma delegacia, foram incluídos no Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas. "É um caso grave e de repercussão nacional. Tomamos estes cuidados porque queremos garantir a segurança deles. Até para assegurar o resultado útil do processo mais pra frente", disse o promotor do Gaeco Denilson Soares de Almeida.
A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Paraná (OAB-PR), em nota oficial, confirmou ontem que os quatro já estão sob proteção do programa em local sigiloso.
Rubens Chueire Jr.
Reportagem Local
Reportagem Local
Nenhum comentário:
Postar um comentário