Produtores de trigo da região Centro-Sul podem sofrer mais com a queda de temperatura
A meteorologista do Simepar Angela Costa orienta os produtores a cobrir os pés de café com até dois anos e enterrar as mudas em caso de geadaA frente fria que está sobre os campos paranaenses coloca os produtores em alerta, principalmente aqueles que plantaram trigo na região Centro-Sul do Estado, onde há uma grande chance de ocorrência de geada no início da próxima semana, segundo avalia Ana Beatriz Porto, meteorologista do Simepar. A partir de domingo, a temperatura começa a cair em todo o Estado, podendo chegar a patamares negativos em algumas regiões, como em Guarapuava (Centro-Sul). A geada deve ocorrer principalmente na madrugada de terça-feira.
Para o Norte paranaense, Ana Beatriz afirma que, por enquanto, não há registros de incidência de geada, mas revela que ainda é cedo para mensurar com exatidão se haverá ou não riscos na região. "O inverno deste ano deve se manter dentro da normalidade, ou seja, predomínio de muitas nuvens e baixas temperaturas", observa. A meteorologista destaca que no ano passado o inverno paranaense foi mais quente, considerado atípico para esta época do ano.
Trigo
A possível ocorrência de geada na próxima semana na região Centro-Sul pode causar prejuízos aos produtores de trigo que decidiram plantar a cultura mais cedo. Segundo Carlos Roberto Riede, pesquisador da área de trigo do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a recomendação agronômica é sempre atrasar a semeadura conforme a localização da propriedade. Ou seja, quanto mais ao sul do Estado, mais tardio deve ser o plantio do cereal.
O motivo, explica Riede, se deve à fase de espigamento e florescimento do trigo, período em que a planta fica mais suscetível à geada. "O produtor precisa saber escalonar bem a época de semeadura para que essas fases de temperaturas mais baixas não coincidam com o período de florescimento e nem de espigamento do cereal", alerta Riede. O pesquisador explica que na região Sul do Paraná, os agricultores começaram a semear somente em junho, o que garante que a planta fique menos vulnerável à geada.
Porém, ele revela uma certa preocupação na região Oeste do Estado, principalmente nas proximidades de Campo Mourão e Cascavel, cujo plantio antecipado em algumas localidades pode resultar em prejuízo em caso de geada. Já na região Norte, Riede observa que os riscos são mínimos, mas é bom o produtor ficar atento. "Nesse momento não há muito o que fazer. O alerta é mesmo para o período de semeadura", destaca Riede.
Ao todo, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná espera colher na safra 2012/13, se não houver perdas com geada, 2,68 milhões de toneladas de trigo, 27% maior se comparado a safra anterior. Em área, o Estado destinou mais de 914 mil hectares para a cultura, 17% superior ao ciclo 2011/12.
Café
Para a cultura cafeeira, o risco de geada na próxima semana também pode trazer grandes prejuízos. Angela Costa, meteorologista do Simepar, alerta os produtores para que cubram os pés de café com até dois anos e que enterrem as mudas. Outra dica da especialista é fazer a cobertura dos pés de café com terra, para evitar a geada de canela. "É importante que os cafeicultores acompanhem os alertas de geada do Iapar diariamente", destaca Angela.
O Paraná espera colher, segundo o Deral, mais de 102 mil toneladas de café no ciclo 2012/13, um volume 13% superior a safra passada. Em área, o Estado possui mais de 65 mil hectares ocupados com a produção de café.
Ricardo Maia
Reportagem Local
Produtores de trigo da região Centro-Sul podem sofrer mais com a queda de temperatura
A meteorologista do Simepar Angela Costa orienta os produtores a cobrir os pés de café com até dois anos e enterrar as mudas em caso de geada
A frente fria que está sobre os campos paranaenses coloca os produtores em alerta, principalmente aqueles que plantaram trigo na região Centro-Sul do Estado, onde há uma grande chance de ocorrência de geada no início da próxima semana, segundo avalia Ana Beatriz Porto, meteorologista do Simepar. A partir de domingo, a temperatura começa a cair em todo o Estado, podendo chegar a patamares negativos em algumas regiões, como em Guarapuava (Centro-Sul). A geada deve ocorrer principalmente na madrugada de terça-feira.
Para o Norte paranaense, Ana Beatriz afirma que, por enquanto, não há registros de incidência de geada, mas revela que ainda é cedo para mensurar com exatidão se haverá ou não riscos na região. "O inverno deste ano deve se manter dentro da normalidade, ou seja, predomínio de muitas nuvens e baixas temperaturas", observa. A meteorologista destaca que no ano passado o inverno paranaense foi mais quente, considerado atípico para esta época do ano.
Trigo
A possível ocorrência de geada na próxima semana na região Centro-Sul pode causar prejuízos aos produtores de trigo que decidiram plantar a cultura mais cedo. Segundo Carlos Roberto Riede, pesquisador da área de trigo do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a recomendação agronômica é sempre atrasar a semeadura conforme a localização da propriedade. Ou seja, quanto mais ao sul do Estado, mais tardio deve ser o plantio do cereal.
O motivo, explica Riede, se deve à fase de espigamento e florescimento do trigo, período em que a planta fica mais suscetível à geada. "O produtor precisa saber escalonar bem a época de semeadura para que essas fases de temperaturas mais baixas não coincidam com o período de florescimento e nem de espigamento do cereal", alerta Riede. O pesquisador explica que na região Sul do Paraná, os agricultores começaram a semear somente em junho, o que garante que a planta fique menos vulnerável à geada.
Porém, ele revela uma certa preocupação na região Oeste do Estado, principalmente nas proximidades de Campo Mourão e Cascavel, cujo plantio antecipado em algumas localidades pode resultar em prejuízo em caso de geada. Já na região Norte, Riede observa que os riscos são mínimos, mas é bom o produtor ficar atento. "Nesse momento não há muito o que fazer. O alerta é mesmo para o período de semeadura", destaca Riede.
Ao todo, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná espera colher na safra 2012/13, se não houver perdas com geada, 2,68 milhões de toneladas de trigo, 27% maior se comparado a safra anterior. Em área, o Estado destinou mais de 914 mil hectares para a cultura, 17% superior ao ciclo 2011/12.
Café
Para a cultura cafeeira, o risco de geada na próxima semana também pode trazer grandes prejuízos. Angela Costa, meteorologista do Simepar, alerta os produtores para que cubram os pés de café com até dois anos e que enterrem as mudas. Outra dica da especialista é fazer a cobertura dos pés de café com terra, para evitar a geada de canela. "É importante que os cafeicultores acompanhem os alertas de geada do Iapar diariamente", destaca Angela.
O Paraná espera colher, segundo o Deral, mais de 102 mil toneladas de café no ciclo 2012/13, um volume 13% superior a safra passada. Em área, o Estado possui mais de 65 mil hectares ocupados com a produção de café.
Para o Norte paranaense, Ana Beatriz afirma que, por enquanto, não há registros de incidência de geada, mas revela que ainda é cedo para mensurar com exatidão se haverá ou não riscos na região. "O inverno deste ano deve se manter dentro da normalidade, ou seja, predomínio de muitas nuvens e baixas temperaturas", observa. A meteorologista destaca que no ano passado o inverno paranaense foi mais quente, considerado atípico para esta época do ano.
Trigo
A possível ocorrência de geada na próxima semana na região Centro-Sul pode causar prejuízos aos produtores de trigo que decidiram plantar a cultura mais cedo. Segundo Carlos Roberto Riede, pesquisador da área de trigo do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a recomendação agronômica é sempre atrasar a semeadura conforme a localização da propriedade. Ou seja, quanto mais ao sul do Estado, mais tardio deve ser o plantio do cereal.
O motivo, explica Riede, se deve à fase de espigamento e florescimento do trigo, período em que a planta fica mais suscetível à geada. "O produtor precisa saber escalonar bem a época de semeadura para que essas fases de temperaturas mais baixas não coincidam com o período de florescimento e nem de espigamento do cereal", alerta Riede. O pesquisador explica que na região Sul do Paraná, os agricultores começaram a semear somente em junho, o que garante que a planta fique menos vulnerável à geada.
Porém, ele revela uma certa preocupação na região Oeste do Estado, principalmente nas proximidades de Campo Mourão e Cascavel, cujo plantio antecipado em algumas localidades pode resultar em prejuízo em caso de geada. Já na região Norte, Riede observa que os riscos são mínimos, mas é bom o produtor ficar atento. "Nesse momento não há muito o que fazer. O alerta é mesmo para o período de semeadura", destaca Riede.
Ao todo, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná espera colher na safra 2012/13, se não houver perdas com geada, 2,68 milhões de toneladas de trigo, 27% maior se comparado a safra anterior. Em área, o Estado destinou mais de 914 mil hectares para a cultura, 17% superior ao ciclo 2011/12.
Café
Para a cultura cafeeira, o risco de geada na próxima semana também pode trazer grandes prejuízos. Angela Costa, meteorologista do Simepar, alerta os produtores para que cubram os pés de café com até dois anos e que enterrem as mudas. Outra dica da especialista é fazer a cobertura dos pés de café com terra, para evitar a geada de canela. "É importante que os cafeicultores acompanhem os alertas de geada do Iapar diariamente", destaca Angela.
O Paraná espera colher, segundo o Deral, mais de 102 mil toneladas de café no ciclo 2012/13, um volume 13% superior a safra passada. Em área, o Estado possui mais de 65 mil hectares ocupados com a produção de café.
Ricardo Maia
Reportagem Local
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