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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Educação sexual deve ser iniciada ainda na infância

Falar de sexo com os filhos é fundamental para se construir uma relação saudável
É inegável que o nascimento de um bebê revoluciona por completo a vida dos novos pais. O senso de proteção torna-se ainda mais aguçado, o amor incondicional revela uma nova faceta até então desconhecida, e o sentimento de que uma nova vida depende totalmente dos pais pode ser impressionante e assustador ao mesmo tempo. No entanto, à medida que os filhos crescem e começam a dar os próprios passos, surgem algumas situações embaraçosas que, inevitavelmente, precisam ser abordadas.
Temida pela maioria dos pais, a pergunta “de onde vêm os bebês”, inegavelmente será indagada e os adultos não devem fugir dela, segundo a psicóloga clínica Miriam Barros. “Satisfazer a curiosidade da criança é fundamental. A resposta deve ser dada com clareza, em poucas palavras, porém, não é recomendado dar explicações complexas. Neste caso, o simples é o ideal”, diz.
Embora a educação sexual ainda seja tabu para muitas famílias, é essencial que o assunto seja colocado à tona ainda durante os primeiros anos de vida. Não existe uma idade correta para se iniciar o tema, mas com a convivência diária com os colegas de escola, a criança pode ouvir sobre sexo e não compreender do que se trata, decidindo buscar a resposta com os pais. A velha história da cegonha de que o bebê é fruto do amor dos pais ou de que o bebê cresce na barriga e ganha vida, ainda são os argumentos mais utilizados e, muitas vezes, podem confundir e aumentar ainda mais a curiosidade do filho.
Comum nessas situações, a psicóloga revela que as perguntas podem ter início durante a exibição de uma série de TV ou uma novela, momento propício para as primeiras conversas. “Se a criança ainda não fez nenhum questionamento, os pais podem abrir espaço para o assunto assistindo um programa adolescente junto com eles, por exemplo”, salienta. Uma das dicas mais importantes é respeitar o limite das crianças e se colocar à disposição para responder não apenas sobre relações sexuais, mas também sobre uma paquera, o primeiro beijo e como funciona um namoro.
Mantenha a calma
O nervosismo demonstrado pelos pais pode ser observado pela criança que poderá sentir-se insegura para conversar sobre o tema futuramente. Para evitar essas e outras situações de saia justa, a Dra. Miriam Barros dá algumas dicas:
- Vá com calma nas respostas e responda somente aquilo que a criança pergunta;
- Não force a barra se o filho não quiser falar sobre sexo, espere ele questionar;
- Não fuja das perguntas que eles fazem, mas sempre responda com franqueza;
- Construa desde a infância uma relação baseada na confiança e na verdade.

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