Polícia civil prende quadrilha de Ribeirão do Pinhal que dava golpes pela Internet em todo país

A Polícia Civil de Ribeirão do Pinhal realizou a prisão de quatro pessoas acusadas de pertencerem a uma quadrilha voltada para golpes pela rede mundial de computadores (Internet). Foram presos na tarde desta quarta-feira, dia 13, Luiz Patríck Dionísio Pulcinelli,20 anos, Henrique Augusto Dionísio Pulcinelli,25, Danilo Marcos Maciel,22, e Fagnar Fernando Maciel ,21(foto).

Em fevereiro do ano passado, a equipe de investigação da Delegacia de Polícia de Ribeirão do Pinhal, conforme noticiado na ocasião pelonpdiario, desvendou um forte esquema de golpes virtuais praticados por integrantes da família Pulcinelli. Na ocasião, seis pessoas foram detidas.

As vítimas viam anúncio de produtos em sites com Mercado Livre, principalmente de veículos antigos e peças de automóveis novos que não os pertenciam. Após receber numerário, interrompiam os contatos e apropriavam dos valores. Em geral depositavam em nome de "laranjas"

A quadrilha agia em todo o país, capitalizando vítimas em Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Naquela oportunidade, a equipe do delegado Tristão Antônio Borborema de Carvalho, de Ribeirão do Pinhal, ainda apreendeu veículos adquiridos pelos quadrilheiros, dentre eles um Audi A3.

Em maio de 2011 a Justiça colocou todos os integrantes em liberdade.

Apesar disso, mesmo depois de saírem da prisão, novas investigações foram abertas pela Polícia Civil.

Segundo o delegado, ao menos mais cinco inquéritos foram instaurados para apurar novos golpes, da mesma maneira de execução.

"Apenas não contavam que estavam sendo monitorados pelo serviço de inteligência. Quebramos dados telefônicos, financeiros e fiscais de todos os membros e descobrimos que não pararam de agir, depois de presos. Por isso, a Justiça novamente decretou a prisão preventiva" assinalou Tristão.

Segundo a Polícia Civil uma das vítimas recentes trata-se de um policial militar de Pernambuco. Ele teria depositado em uma conta de um dos membros a quantia de nove mil reais e não viu nem de perto o veículo que queria comprar.

"Trata-se de investigação complexa, que exige paciência e muita análise de dados telemáticos", assinala o investigador Carlos Venâncio que participou ativamente das investigações.

Estima-se que, somando as novas vítimas depois que ganharam a liberdade, que houve prejuízo acima de R$ 30 mil, mas a Polícia Civil irá apurar com maiores detalhes.

Participaram das diligências, além de Tristão e Venâncio, os investigadores Shishido, Nelson, Célia e Jamil.