Em Londrina, milhares foram às ruas do centro; não houve incidentes
Em Curitiba, grupos que portavam bandeiras de partidos foram vaiados
Manifestantes fizeram passeata do Calçadão até a Avenida Madre Leônia
Londrina – As ruas da maior parte das grandes cidades brasileiras foram tomadas por manifestantes ontem. A onda de protestos teve diversos alvos, do alto custo do transporte à baixa qualidade dos serviços públicos, da violência policial aos gastos com a realização das copas das Confederações e do Mundo.
Em Londrina, cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores, participaram da passeata. Palavras de ordem ecoaram pelo Calçadão. "A gente conseguiu sair do mundo virtual e ser real. Essa é a demonstração verdadeira que o povo está insatisfeito com o atual modelo empregado no País", observou um dos mobilizadores, Erick Souza.
O grito de "vem para a rua" ganhou força. O grupo também percorreu a Avenida Higienópolis, gerando um grande congestionamento na área central da cidade. "Essa massa representa a indignação contra os partidos atuais que têm enganado a população, corrompendo a dignidade da sociedade", afirmou outro mobilizador, Fernando Alfradique Scanfela.
Homens e mulheres se misturavam com faixas, cartazes e megafones – muitos vestidos de verde e amarelo.
Patrícia Castro dos Santos, professora universitária de 45 anos, lembrou sua juventude. "Lutei pelas Diretas Já, participei do movimento Caras Pintadas. Estou muito satisfeita de ver essa multidão jovem na rua. Quando o povo se manifesta, a verdade está dita. É povo ocupando seu espaço", comentou.
A Polícia Militar acompanhou o movimento, que foi pacífico. O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) tentou falar com os manifestantes durante o início do protesto, mas foi impedido. A passeata terminou no cruzamento da Higienópolis com a Avenida Madre Leônia.
Os manifestantes em Curitiba fizeram concentração na Boca Maldita. Pessoas de todas as idades marcharam pelas ruas do centro da capital gritando palavras de ordem. Segundo a Polícia Militar, pelo menos 10 mil pessoas se reuniram durante a manifestação.
Até o fechamento da edição, não havia sido registrado nenhum incidente grave na manifestação, que se estendeu de forma pacífica. A PM informou que colocou policiais à paisana em meio ao grupo e agentes fardados acompanharam a movimentação à distância. Alguns grupos políticos do PSTU e do PCB, que portavam bandeiras dos partidos, foram vaiados pelas demais pessoas. Os manifestantes, a cada quadra, formavam "cordões de segurança", para manter os membros do protesto unidos pelas ruas.
Entre os pedidos dos manifestantes estavam o combate à corrupção, melhorias nos serviços públicos, a redução da tarifa de ônibus e o passe livre. Críticas à Copa do Mundo também foram feitas.
Segundo o ator Roger Batista, a população não suporta mais a situação de precariedade dos serviços públicos, como a saúde e a educação. "A Copa foi importante porque na construção de estádios viraram rios de corrupção. Muita gente está enchendo o bolso enquanto nossa população passa necessidade."
Para a estudante de direito Renata Janini, a presença policial é importante, mas os manifestantes precisam ser respeitados. "Os policiais tinham que vir conosco, pois também são vítimas, mas enquanto não houver confronto eu acho importante que haja a proteção por parte da polícia", opinou. Danilo Marconi e Rodrigo Batista
Reportagem LocalEm Londrina, cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores, participaram da passeata. Palavras de ordem ecoaram pelo Calçadão. "A gente conseguiu sair do mundo virtual e ser real. Essa é a demonstração verdadeira que o povo está insatisfeito com o atual modelo empregado no País", observou um dos mobilizadores, Erick Souza.
O grito de "vem para a rua" ganhou força. O grupo também percorreu a Avenida Higienópolis, gerando um grande congestionamento na área central da cidade. "Essa massa representa a indignação contra os partidos atuais que têm enganado a população, corrompendo a dignidade da sociedade", afirmou outro mobilizador, Fernando Alfradique Scanfela.
Homens e mulheres se misturavam com faixas, cartazes e megafones – muitos vestidos de verde e amarelo.
Patrícia Castro dos Santos, professora universitária de 45 anos, lembrou sua juventude. "Lutei pelas Diretas Já, participei do movimento Caras Pintadas. Estou muito satisfeita de ver essa multidão jovem na rua. Quando o povo se manifesta, a verdade está dita. É povo ocupando seu espaço", comentou.
A Polícia Militar acompanhou o movimento, que foi pacífico. O prefeito Alexandre Kireeff (PSD) tentou falar com os manifestantes durante o início do protesto, mas foi impedido. A passeata terminou no cruzamento da Higienópolis com a Avenida Madre Leônia.
Os manifestantes em Curitiba fizeram concentração na Boca Maldita. Pessoas de todas as idades marcharam pelas ruas do centro da capital gritando palavras de ordem. Segundo a Polícia Militar, pelo menos 10 mil pessoas se reuniram durante a manifestação.
Até o fechamento da edição, não havia sido registrado nenhum incidente grave na manifestação, que se estendeu de forma pacífica. A PM informou que colocou policiais à paisana em meio ao grupo e agentes fardados acompanharam a movimentação à distância. Alguns grupos políticos do PSTU e do PCB, que portavam bandeiras dos partidos, foram vaiados pelas demais pessoas. Os manifestantes, a cada quadra, formavam "cordões de segurança", para manter os membros do protesto unidos pelas ruas.
Entre os pedidos dos manifestantes estavam o combate à corrupção, melhorias nos serviços públicos, a redução da tarifa de ônibus e o passe livre. Críticas à Copa do Mundo também foram feitas.
Segundo o ator Roger Batista, a população não suporta mais a situação de precariedade dos serviços públicos, como a saúde e a educação. "A Copa foi importante porque na construção de estádios viraram rios de corrupção. Muita gente está enchendo o bolso enquanto nossa população passa necessidade."
Para a estudante de direito Renata Janini, a presença policial é importante, mas os manifestantes precisam ser respeitados. "Os policiais tinham que vir conosco, pois também são vítimas, mas enquanto não houver confronto eu acho importante que haja a proteção por parte da polícia", opinou. Danilo Marconi e Rodrigo Batista
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