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domingo, 25 de dezembro de 2011

O que os políticos disseram em 2011

O ano de 2011 foi marcado por escândalos nacionais, estaduais e municipais. Foi o período em que o comando da Câmara de Curitiba enfrentou uma série de denúncias de irregularidades – sob investigação do Ministério Público e do Tribunal de Contas – e que veio à tona o pagamento de benefícios sigilosos na Assembleia Legislativa. Além disso, nunca na história deste país houve tantos ministros demitidos por suspeita de corrupção em tão pouco tempo. Relembre algumas frases que marcaram o ano – muitas dos próprios envolvidos em escândalos:

“Não sou casado [oficialmente] com a Cláudia, não existe um documento que sou casado. Não tenho certidão de casamento. Automaticamente, para mim, ela não é parente.”

João Cláudio Derosso (foto), presidente afastado da Câmara de Curitiba, sobre a contratação da “cunhada” Renata Queiroz Gonçalves para um cargo de comissão na Câmara Municipal.
“Não tenho dúvida de que minha produção fora da Câmara é muito maior do que quando fico no plenário aguentando este bando de gentalha. É um bando de gentalha que não produz nada, passam horas e horas se lamentando, fazendo teatro.”

Renata Bueno, vereadora de Curitiba pelo PPS, justificando seu pedido de viagem para realização de doutorado na Universidade de Roma, que foi negado pelos colegas. “Eu realmente sei o que um deputado faz. Trabalha muito e produz pouco. O regime da Casa é engessado. Dentro do regime é complicado. Hoje estou dando baile, aprendendo para caramba. Mas foi mais difícil.”

Tiririca, deputado federal (PR-SP), sobre sua estreia no comando de uma reunião da Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
“As três meninas superpoderosas ficam achando que estão fazendo faxina e bonito para a sociedade. Estão achando lindo! Mas não entenderam que não podem liquidar com o espectro político nacional em troca de ficar bem com a sociedade.”   De um parlamentar aliado do governo Dilma, que pediu para ficar no anonimato, se referindo às ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; e à própria presidente Dilma Rousseff. “Por falha de orientação, ou por ignorância mesmo, houve uma série de informações desencontradas sobre o mesmo tema. Não sou infalível e assumo meus erros.”

Valdir Rossoni, presidente da Assembleia Legislativa, sobre a verba de representação como presidente da Casa que recebeu desde que assumiu o cargo em fevereiro.
“Que Deus ilumine o teu caminho.”

Do comunista Orlando Silva, que deixou o Ministério do Esporte, para o comunista Aldo Rebelo, seu substituto no ministério.  “O kit gay não foi sepultado ainda. Dilma Rousseff, pare de mentir. Se gosta de homossexual, assume. Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma.”

Jair Bolsonaro, deputado federal (PP-RJ), criticando material produzido pelo Ministério da Educação para ser distribuído ao ensino fundamental sobre o combate à homofobia.
“Acho que é o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga.”

Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, em novembro, sobre a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal tirar o poder do CNJ de fiscalizar juízes. O STF veio a decidir isso há poucos dias.  “Só abatido à bala e tem que ser bala forte, porque eu sou pesadão.”

Carlos Lupi, então ministro do Trabalho, em 8 de novembro, quase um mês antes de deixar o Planalto, após uma série de denúncias contra ele.
“Eu gosto de fazer o debate, às vezes exagero. Peço desculpas públicas. Presidente Dilma, me desculpe, eu te amo.”

Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho, se desculpando no dia seguinte pela declaração de que só sairia do ministério “abatido à bala”.
“Curitiba tem 1,2 milhão de eleitores aptos a se eleger vereadores. É para esse povo que nós estamos aumentando os subsídios.”

Sabino Picolo  (DEM), presidente interino da Câmara de Curitiba, justificando o reajuste de 28% nos salários dos vereadores de Curitiba.

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