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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

PRESOS TERIAM RECEBIDO MARMITA DE COMIDA ESTRAGADA




A Comissão de Direitos Humanos em Londrina denunciou nesta quinta-feira (2) um caso de maus tratos e violação dos direitos dos presos da cadeia pública de Sertanópolis (37 km de Londrina, no Paraná).

Familiares teriam sido impedidos na quarta-feira (1º) de le
var alimentos, uma vez que a marmita, concedida pelo governo de Estado, estaria estragada. A situação gerou confusão e a polícia teria sido acionada para conter os manifestantes.
De acordo com o diretor do Centro de Direitos Humanos de Londrina, Carlos Santana, os presos se rebelaram e o delegado Paulo Gomes teve que convocar a tropa de choque da Polícia Militar "para amolecer o coração dos amotinados".
"Houve aquela tradicional educação do Estado. A violência partiu da própria segurança pública do Paraná", comentou.
Ele contou que a informação chegou até a entidade através de uma advogada da região. O fato já teria sido remetido à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Londrina e também ao Conselho Permanente de Direitos Humanos do Estado do Paraná (Coped).
"A gente espera que sejam tomadas providências. Não é a primeira denúncia aqui na região e essa já é a primeira do ano", comentou. Ele ainda criticou o governo do Estado, dizendo que até o momento a Defensoria Pública, que atuaria nessas questões, ainda não está de fato funcionando.
"Estamos esperando o edital do concurso. O governador (Beto Richa) anunciou a contratação de 150 assistentes jurídicos. Mas eles não podem postular, não podem pedir pelo direito das pessoas. Não assinam como advogado e defensores públicos. O trabalho está parado", disparou.
Investigação
O membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB em Londrina, Fernando Chagas, disse que nos próximos dias uma equipe irá até Sertanópolis checar as informações da denúncia.
"Temos que escutar o relato dos envolvidos e ver se houve abuso mesmo", contou. De acordo com ele, caso sejam constatadas irregularidades, a OAB pode pedir a responsabilização do Polícia Civil ou Militar. O procedimento poderá ser enviado ainda para o Ministério Público (MP) para apuração no âmbito criminal.

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