Emater aponta que 60% das lavouras do Norte Pioneiro foram atingidas; municípios devem decretar estado de emergência nos próximos dias
Cornélio Procópio - A geada que atingiu o Estado do Paraná no dia 24 de julho irá causar sérios prejuízos para a cafeicultura do Norte Pioneiro. A estimativa inicial do Instituto Emater é que a redução da próxima safra chegue a 60%. A produção prevista para 2014, de 1,2 milhão de sacas, deverá cair para apenas 480 mil sacas. Considerando que a saca está sendo comercializada a R$ 250, em média, o prejuízo poderá chegar a R$ 180 milhões.
O levantamento preliminar foi feito pelo coordenador do Projeto Café no Paraná, Silésio Abel Demoner, do Instituto Emater, em Cornélio Procópio. O relatório definitivo sobre a situação da produção cafeeira estará pronto em no máximo 30 dias. Há 13 anos que uma geada de forte intensidade não atingia o Paraná.
Demoner diz que o excesso de chuva que antecedeu a geada do mês passado também comprometeu a qualidade do café da atual safra que estava para ser colhido. Até o momento, menos da metade da atual safra foi colhida. Segundo o técnico da Emater, a geada não deverá comprometer a safra de 2015.
Ibaiti
O município de Ibaiti, que é um dos maiores produtores de café do Estado, foi um dos mais atingidos pela geada. De acordo com o Instituto Emater em Santo Antônio da Platina, a perda para o café novo chega a 90% e a 70% no café mais antigo.
O prefeito de Ibaiti, Roberto Regazzo (PSD), diz que os cafeicultores do município vão precisar de pelo menos R$ 3 milhões para recuperar as lavouras perdidas. Ele vai tentar viabilizar esses recursos junto à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Regazzo quer que os cafeicultores recebam um tratamento diferenciado dos bancos onde possuem financiamentos. Ele irá pleitear a prorrogação dos atuais contratos e a criação de uma linha de crédito em caráter emergencial para que os produtores voltem a plantar.
O prefeito teme que a geada cause um novo êxodo rural porque o café se tornou uma cultura predominante nas pequenas propriedades do Norte Pioneiro.
Os prefeitos dos municípios mais atingidos no Norte Pioneiro devem decretar estado de emergência nos próximos dias. A medida tem por objetivo apressar o atendimento aos cafeicultores prejudicados.
Histórico
Os produtores de café do Norte Pioneiro já estavam se acostumando com a ausência de geadas na região, o que servia de incentivo para a cafeicultura. A região é a maior produtora de café no Estado do Paraná e tem um dos melhores cafés do mundo, com qualidade reconhecida internacionalmente.
A geada registrada no ano 2000 foi um pouco mais intensa que a deste ano, segundo o Instituto Emater. Em 2009, também houve uma geada, mas foi de fraca intensidade, não causando tantos prejuízos às lavouras.
A cafeicultura paranaense foi praticamente dizimada em 1975, quando o frio intenso associado ao forte vento provocou a geada negra. Além de deixar rastros de destruição nas lavouras de café do Estado, o fenômeno provocou um êxodo rural sem precedentes.
O levantamento preliminar foi feito pelo coordenador do Projeto Café no Paraná, Silésio Abel Demoner, do Instituto Emater, em Cornélio Procópio. O relatório definitivo sobre a situação da produção cafeeira estará pronto em no máximo 30 dias. Há 13 anos que uma geada de forte intensidade não atingia o Paraná.
Demoner diz que o excesso de chuva que antecedeu a geada do mês passado também comprometeu a qualidade do café da atual safra que estava para ser colhido. Até o momento, menos da metade da atual safra foi colhida. Segundo o técnico da Emater, a geada não deverá comprometer a safra de 2015.
Ibaiti
O município de Ibaiti, que é um dos maiores produtores de café do Estado, foi um dos mais atingidos pela geada. De acordo com o Instituto Emater em Santo Antônio da Platina, a perda para o café novo chega a 90% e a 70% no café mais antigo.
O prefeito de Ibaiti, Roberto Regazzo (PSD), diz que os cafeicultores do município vão precisar de pelo menos R$ 3 milhões para recuperar as lavouras perdidas. Ele vai tentar viabilizar esses recursos junto à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Regazzo quer que os cafeicultores recebam um tratamento diferenciado dos bancos onde possuem financiamentos. Ele irá pleitear a prorrogação dos atuais contratos e a criação de uma linha de crédito em caráter emergencial para que os produtores voltem a plantar.
O prefeito teme que a geada cause um novo êxodo rural porque o café se tornou uma cultura predominante nas pequenas propriedades do Norte Pioneiro.
Os prefeitos dos municípios mais atingidos no Norte Pioneiro devem decretar estado de emergência nos próximos dias. A medida tem por objetivo apressar o atendimento aos cafeicultores prejudicados.
Histórico
Os produtores de café do Norte Pioneiro já estavam se acostumando com a ausência de geadas na região, o que servia de incentivo para a cafeicultura. A região é a maior produtora de café no Estado do Paraná e tem um dos melhores cafés do mundo, com qualidade reconhecida internacionalmente.
A geada registrada no ano 2000 foi um pouco mais intensa que a deste ano, segundo o Instituto Emater. Em 2009, também houve uma geada, mas foi de fraca intensidade, não causando tantos prejuízos às lavouras.
A cafeicultura paranaense foi praticamente dizimada em 1975, quando o frio intenso associado ao forte vento provocou a geada negra. Além de deixar rastros de destruição nas lavouras de café do Estado, o fenômeno provocou um êxodo rural sem precedentes.
Eli Araujo
Reportagem Local
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