O Policial Rodoviário Estadual (PRE) Luciano Marcelo Quadri, 42 anos, que atirou e matou o jovem Paulo Cesar Camargo, 29, na madrugada do último sábado,dia 29, um bar na área central de Joaquim Távora, se apresentou acompanhado de seu advogado na tarde desta quarta-feira,dia dois, na delegacia de Jacarezinho. No depoimento – que durou mais de uma hora –, o militar alegou legitima defesa e afirmou ter atirado para se defender depois de ser agarrado pelo pescoço por trás, pela vítima.
Segundo o advogado do militar, Thebas Vidal Veiga, seu cliente agiu em legítima defesa. “Tudo está como as apresentações dos fatos. Tudo coerente”, afirmou na saída da delegacia. Quadri foi preso pelo cumprimento do mandado de prisão preventiva pedido pelo delegado de Joaquim Távora, Rubens José Perez. Ele ficará na sede do 2° Batalhão da Polícia Militar em Jacarezinho e, em seguida transferido para a prisão militar no batalhão de fronteira em Marechal Cândido Rondon, onde está lotado.
O comandante da PRE na região, tenente Anderson Piske, acompanhou o militar até a delegacia e fez a condução dele até o batalhão, onde ficará detido. “Ele se apresentou espontaneamente na delegacia e foi detido pelas acusações e a prisão preventiva que já havia sido pedida. Ele será acompanhado”, assinalou o comandante.
Já para o delegado Perez, o depoimento de duas testemunhas desmente a versão alegada pelo acusado. Segundo as investigações da Polícia Civil, após o disparo, o militar deixou o local tranquilamente e o jovem morreu na hora. “Foi aberto inquérito policial por homicídio e após colher as provas foi pedida a prisão preventiva que foi decretada pela juíza. Foi colhida uma capsula no local do crime. A arma utilizada é da corporação e foi apreendida para ser encaminhada para perícia”, adiantou.
Perez revelou também que o militar era considerado foragido da Justiça, pois já havia mandado de prisão preventiva contra ele. “Ele ficará preso na cadeia da Polícia Militar por tempo indeterminado. Temos agora mais 10 dias para terminar o inquérito. Iremos ouvir outras testemunhas que presenciaram o assassinato”. O delegado contou ainda que a ficha do policial já consta outras ocorrências de disparo de arma de fogo em Joaquim Távora. “Já tem outras ocorrências de disparo de arma de fogo na cidade que ele está envolvido, mas não atingiu nenhuma pessoa nestes casos. Ele responderá ainda um processo administrativo e pode ser excluído da corporação se entenderem que houve a culpa”, explicou Perez. Segundo o delegado, a vítima não possuía antecedentes criminais. Ele revelou ainda que a polícia está a procura de um homem chamado Pedro que estaria com o militar no momento do crime. “Queremos ouvi-lo para saber a versão de como aconteceu”, disse.
O assassinato aconteceu por volta das três horas da madrugada de sábado perto da praça central de Joaquim Távora, na rua Doutor Lincoln Graça. Segundo a versão de duas testemunhas, após uma discussão no banheiro do bar, o militar saiu e voltou em seguida, onde aconteceu nova discussão. Um amigo do militar teria quebrado uma garrafa na cabeça da vítima e, em seguida o policial teria aproveitado o momento e atirado.
Já a versão que o militar alegou em depoimento, é que após a confusão na porta do banheiro, ele ficou parado de costas para o bar na porta do estabelecimento, quando Camargo o agarrou por trás em seu pescoço e começou a asfixiá-lo, enquanto outros amigos da vítima teriam lhe agredido. Nests momento, ele teria sacado a pistola ponto 40 e mesmo de costas, desferiu um tiro que acertou o pescoço da vítima.
matéria http://www.npdiario.com
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