Considerando o IPA, os produtos agrícolas apresentam queda nos preços de 0,72%; já para o IPCA inflação deve romper a alta de 6,5% em março
Parece coisa de maluco! “Preço de alimentos dispara e ameaça meta de inflação”, alerta o jornal “O Globo” desta terça-feira (9/4), enquanto a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmava a supersafra de grãos de 184 milhões de toneladas, 10% superior a do ano passado.
O tema é propício também para avaliar o anúncio do Índice de Preços por Atacado (IPA) e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Se, por um lado, considerando o IPA, a instituição aponta para a deflação no preço dos produtos agrícolas em 0,72% no mês de março - após queda de 0,48% em fevereiro -, por outro, no IPCA, a inflação deve romper o teto da meta, de 6,5%, no mesmo mês. A avaliação é do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Salomão Quadros, que espera 0,45% para o indicador.
A alta dos preços dos alimentos explica parte da aceleração da inflação neste primeiro trimestre de 2013.
"Chama atenção o número de produtos excluídos do núcleo da inflação do varejo (que isola altas e baixas excessivas). No IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna de março, divulgado nesta terça-feira), foram excluídos cerca de 50 de 85 produtos. Não é normal. O normal seria ficar na casa de 40. Isso combina com a difusão crescente", ressaltou Quadros. O economista acredita, no entanto, que esse cenário de inflação acima do teto da meta será temporário. "A tendência para a taxa (no acumulado) de 12 meses é diminuir", afirmou.
Entre as principais pressões na inflação neste ano estão os alimentos, cujos preços avançam, apesar de serem acompanhados por um aumento da safra. O tomate, por exemplo, ficou 70,34% mais caro de janeiro a março. "A recuperação da safra de tomate, por exemplo, foi boa, mas não o suficiente para recuperar perdas anteriores", disse Quadros.
Se, por um lado, considerando o IPA, a instituição aponta para a deflação no preço dos produtos agrícolas em 0,72% no mês de março - após queda de 0,48% em fevereiro -, por outro, no IPCA, a inflação deve romper o teto da meta, de 6,5%, no mesmo mês. A avaliação é do economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Salomão Quadros, que espera 0,45% para o indicador.
A alta dos preços dos alimentos explica parte da aceleração da inflação neste primeiro trimestre de 2013.
"Chama atenção o número de produtos excluídos do núcleo da inflação do varejo (que isola altas e baixas excessivas). No IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna de março, divulgado nesta terça-feira), foram excluídos cerca de 50 de 85 produtos. Não é normal. O normal seria ficar na casa de 40. Isso combina com a difusão crescente", ressaltou Quadros. O economista acredita, no entanto, que esse cenário de inflação acima do teto da meta será temporário. "A tendência para a taxa (no acumulado) de 12 meses é diminuir", afirmou.
Entre as principais pressões na inflação neste ano estão os alimentos, cujos preços avançam, apesar de serem acompanhados por um aumento da safra. O tomate, por exemplo, ficou 70,34% mais caro de janeiro a março. "A recuperação da safra de tomate, por exemplo, foi boa, mas não o suficiente para recuperar perdas anteriores", disse Quadros.
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